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“Resposta humana ao humor: Quando o humor integra o agir profissional dos enfermeiros” é como se designa a tese de doutoramento defendida na Universidade de Lisboa, no dia 30 de Janeiro, pela Prof.ª Helena José, docente do Departamento de Enfermagem da Escola Superior de Saúde de Faro (ESSaF) da UAlg. Aprovada com louvor e distinção, Helena José tornou-se assim a primeira doutorada em Enfermagem da Universidade de Lisboa e demonstrou que o humor é uma estratégia essencial no dia-a-dia do cuidado de enfermagem. “O humor é algo muito importante na vida das pessoas e por isso os enfermeiros não podem deixar de o integrar na sua esfera de competências: têm a obrigação de o fazer”, sublinha.

A tese defendida por Helena José assume como eixo central a integração do humor no agir profissional dos enfermeiros de um serviço de cirurgia e procura, genericamente, responder a uma pergunta: será possível integrá-lo, realmente, na esfera de competências do enfermeiro?
Com a ajuda voluntária de 19 enfermeiros do serviço de Cirurgia do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA), que entre Setembro de 2005 e Março de 2007 colaboraram com Helena José introduzindo o humor na sua prática profissional, conseguiu obter uma resposta: “Sim, é possível integrar o humor na prática da enfermagem. Verificámos que o humor minimiza a ansiedade e a angústia induzidas pelo internamento ao doente, mas que também atenua o stress vivenciado diariamente pelo próprio enfermeiro, permanentemente em contacto com situações de sofrimento”, refere a investigadora.
Para fazer a recolha dos dados foram analisados documentos escritos, aplicada a Escala Muiltidimensional do Sentido de Humor aos 77 doentes e 19 enfermeiros participantes no estudo, tendo ainda havido lugar a períodos de observação e entrevista. Os dados recolhidos foram então submetidos a análise estatística, de conteúdo e de discurso. Assim, durante este ano e meio (e parece continuar ainda) o humor foi integrado no agir profissional dos enfermeiros do serviço de Cirurgia do CHBA, ou seja, em todas as dimensões da prestação de cuidados.

18 meses com comédias e livros humorísticos, caricaturas e piadas deram frutos
No contexto deste estudo verificou-se que o humor minimizou sentimentos negativos e promoveu a comunicação, contribuindo para o estabelecimento de uma relação de confiança entre o enfermeiro e a pessoa cuidada. “O humor funcionou como uma estratégia muito eficaz para lidar com a tensão e a ansiedade”, adianta a investigadora.
Diversas estratégias foram utilizadas pelos enfermeiros para interagir com os doentes, como anedotas, visionamento de filmes cómicos, leitura de livros humorísticos e brincadeiras, entre outras. “Tendo em conta a pessoa internada num serviço de cirurgia, o humor ganhou expressão na forma de comunicação verbal e não verbal, facilitando a abordagem do enfermeiro e ao mesmo tempo promovendo a receptividade da pessoa às informações que lhe eram dadas”, continua a especialista.
Helena José chama a atenção para outro aspecto: o ambiente descontraído vivido entre os próprios elementos da equipa de enfermagem, ao recorrerem ao humor como ferramenta de trabalho, acabou por ter um efeito de contágio junto dos doentes. “Sai beneficiada a própria relação de cuidados, sobretudo ao nível da promoção da confiança que os doentes depositam nos enfermeiros: torna a relação entre ambos mais informal, facilita a expressão de sentimentos, alivia a ansiedade, distrai e ajuda a gerir a situação vivida no momento.”
Ainda segundo a investigadora, “a relação interpessoal estabelecida entre o enfermeiro e a pessoa de quem cuida beneficia da utilização do humor já que este reduz o desconforto de ambos aquando de procedimentos invasivos ou que impliquem exposição corporal”. Por exemplo, exemplifica, “o recurso ao humor permitiu que o enfermeiro efectivasse uma acção dolorosa sem que o doente quase nem se apercebesse, ou seja, este distraiu-se e descentrou-se daquilo que o enfermeiro estava a fazer”.

Investigadora lança repto: reconheça-se o poder benéfico do humor
“A integração do humor no agir profissional dos enfermeiros é um avanço no estabelecimento da interacção enfermeiro-doente, ao promover o declínio de uma imagem séria, rígida e formal”, reforça Helena José na conclusão da sua tese de doutoramento, lançando um repto:
“Impõe-se levar ainda mais além o aprofundamento desta temática e desafiam-se gestores e administradores de hospitais e centros de saúde, reitores, presidentes de conselhos directivos, docentes, enfermeiros e ordens profissionais a reconhecerem que o humor tem poder emancipador e transformador, que tem imensas virtudes, seja qual for a situação de vida da pessoas e que, por isso, devem valorizá-lo e promover a sua integração no desempenho e na formação, contribuindo assim para pessoas e organizações mais saudáveis”.
Mas Helena José não se limita a sugerir a integração activa e positiva do humor nos cuidados de enfermagem. Na sua tese de doutoramento deixa duas propostas concretas, concebidas com base nos dados recolhidos durante o trabalho de campo: o modelo explicativo da integração do humor no agir profissional dos enfermeiros e o “modelo Sorriso”. Este último é apresentado pela investigadora como sugestão de boa prática para uma utilização do humor enquanto acção de enfermagem, que pode ser sintetizado assim: “sorriso, conectar o olhar, usar intuição e imaginação, parar, ouvir, usar sensibilidade, considerar o efeito da acção”.


in Canallagos.com

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