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Cancro do Colon do Útero

Publicada por oncare On 10:49 0 comentários



O que é o colo do útero?

O colo do útero é a extremidade inferior do útero, que liga o corpo do útero à vagina. O colo do útero sofre alterações ao longo da vida de uma mulher (puberdade, durante o parto, menopausa).

A área que une a região externa do colo do útero (exocolo do útero) e a porção interna (endocolo) é muito sensível. È aqui que se inicia a maior parte dos cancros do colo do útero.









O cancro do colo do útero é comum?

Na Europa*, o cancro do colo do útero sucede ao cancro da mama como a segunda causa de morte por cancro em mulheres com idades entre os 15 e 44 anos.

Na Europa, todos os dias, quarenta mulheres morrem de cancro do colo do útero.

Este número tem vindo a diminuir desde há alguns anos graças a programas de rastreio. No entanto, em França, em 2000, foram detectados 3400 novos casos.

O que causa o cancro do colo do útero?

Ao contrário de muitos outros cancros, a origem do cancro do colo do útero não é hereditária.
Este cancro é sempre causado por um vírus, o Papilomavírus Humano.

Certos tipos deste vírus são capazes de transformar as células do colo do útero, provocando lesões, que em alguns casos progridem para lesões cancerosas.

Esta progressão acontece apenas num número reduzido de casos e desenvolve-se ao longo de vários anos.

Quem pode ser afectado por este cancro?

Todas as mulheres podem ser afectadas.

40% de todos os casos de cancro do colo do útero são diagnosticados em mulheres com idades entre os 35 e os 54 anos. No entanto, foi demonstrado que a maioria das mulheres contraem o Papilomavírus na adolescência ou início da idade adulta

Cerca de 70% das mulheres e homens entrarão em contacto com o Papilomavírus durante as suas vidas. Este vírus é muito comum e é transmitido por simples contacto genital de uma pessoa para a outra.
Felizmente, a maioria das pessoas infectadas com o vírus não desenvolverão cancro porque, em 90% dos casos, o Papilomavírus é eliminado naturalmente.

O que é o Papilomavírus Humano?

Na verdade, existem mais de 100 tipos de Papilomavírus Humano.

Os Papilomavírus cutâneos são responsáveis pelas verrugas cutâneas, enquanto que os Papilomavírus das mucosas colonizam preferencialmente as membranas mucosas. Se entrarem em contacto com os órgãos genitais, os Papilomavírus podem causar várias patologias, entre as quais o cancro do colo do útero.

Nunca me vai acontecer

Estes vírus são muito contagiosos, comuns e podem ser totalmente silenciosos.

Os Papilomavírus infectam mulheres e homens, e a maioria de nós irá encontrar este vírus em algum momento das nossa vidas.

Qualquer pessoa que já tenha tido alguma forma de contacto genital com um portador de Papilomavírus genital, pode estar infectado.

Isto significa que não é necessário ter relações sexuais para haver infecção.

Um único parceiro com Papilomavírus é suficiente para se ser infectado.

Um estudo recente realizado na Europa, mostrou que 35% das jovens entre os 15 e os 17 anos estavam infectadas com Papilomavírus Humano, aumentando esta percentagem para 60% nas jovens de 19 anos de idade.

Quais as doenças causadas pelo Papilomavírus?

Apesar dos Papilomavírus serem comuns, felizmente são eliminados naturalmente em 90% dos casos. Nas situações em que tal não acontece, os Papilomavírus permanecem nas membranas mucosas, e podem causar sintomas clínicos a curto, médio e longo prazo.

Alguns tipos de Papilomavírus podem causar cancro do colo do útero, sendo o cancro o estádio final de um desenvolvimento que tem início em lesões nos tecidos.
Na maioria dos casos estas lesões regridem naturalmente, mas caso isso não aconteça ocorre uma progressão, em geral lenta, para lesões cancerosas.

O colo do útero não é a única região do aparelho genital que é sensível aos Papilomavírus. Eles podem também afectar a vulva e a vagina podendo provocar condilomas genitais e lesões semelhantes às provocadas no colo do útero, nomeadamente cancro.

Apesar de não serem cancerígenos, os condilomas genitais são difíceis de tratar e embaraçosos. Os tratamentos são dolorosos e as situações de reaparecimento são frequentes.

O cancro da vulva e da vagina é bastante mais raro do que o do colo do útero.


Como se podem diagnosticar estas doenças?

Como o cancro do colo do útero pode afectar todas as mulheres, o seu rastreio sistemático através de citologias regulares está implementado em muitos países.

A citologia consiste na recolha de uma amostra de células do colo do útero para consequente pesquisa de células com alterações. As anomalias cervicais causadas pelo Papilomavírus, que em geral não causam quaisquer sintomas na mulher, podem desta ser desta forma detectadas.

A maioria das lesões regredirá naturalmente. Dependendo do grau das lesões identificadas, o seu médico poderá optar por não intervir, mantendo sobre vigilância o seu desenvolvimento natural, ou por removê-las com tratamentos específicos.

Quais os tratamentos para estas doenças?

Não há nenhum tratamento que elimine o vírus em si.

Numa situação de cancro, os tratamentos são sempre longos e difíceis. Quer estejam envolvidos o colo do útero, a vagina ou a vulva (o cancro das duas últimas é o mais raro), se houver lesões cancerosas, o tecido com alterações é removido através de intervenção cirúrgica.

Os tratamentos para condilomas genitais consistem na remoção das lesões (por pequena cirurgia ou queimadura) e pelo uso de fármacos específicos. O tratamento da lesão é eficaz a curto prazo, mas pode ser doloroso e são comuns as situações de reaparecimento da doença.

Como me posso proteger contra estas doenças relacionadas com o Papilomavírus?

O rastreio é essencial porque detecta alterações nas células numa fase precoce, permitindo que se evite a progressão para lesões cancerosas. No entanto, o rastreio não protege contra a infecção por Papilomavírus nem contra as alterações nas células.

A origem vírica dos cancros relacionados com Papilomavírus oferece uma oportunidade de prevenção primária destas doenças e das lesões que as precedem, através de vacinação.

O rastreio continua contudo a ser necessário para vigiar o aparecimento de alterações celulares. A combinação do rastreio e da vacinação deverão maximizar a eficácia no combate ao cancro do colo do útero.

Quando deve ser feita a vacinação?

Uma vez que a infecção pelo vírus é mais frequente no início da vida sexual, a vacinação deverá ser feita de preferência em pré-adolescentes e adolescentes.

No entanto, a vacinação de mulheres jovens já exposta a um tipo de vírus permitirá a sua protecção contra tipos de Papilomavírus com os quais não tiveram contacto.
Contacte o seu médico para mais informação!

Agora é consigo!

Agora que tem toda a informação, não permita que o cancro decida o seu futuro, ou o da sua melhor amiga, da sua prima, da sua irmã ou da sua filha...

Passe a palavra.

Diga-lhes que o cancro do colo do útero pode afectar todas as mulheres, que é causado pelo Papilomavírus, um vírus muito comum, e que a prevenção existe!
Liga Portuguesa contra o Cancro
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Cancro do Colon do Útero

Publicada por oncare On 10:49 0 comentários



O que é o colo do útero?

O colo do útero é a extremidade inferior do útero, que liga o corpo do útero à vagina. O colo do útero sofre alterações ao longo da vida de uma mulher (puberdade, durante o parto, menopausa).

A área que une a região externa do colo do útero (exocolo do útero) e a porção interna (endocolo) é muito sensível. È aqui que se inicia a maior parte dos cancros do colo do útero.









O cancro do colo do útero é comum?

Na Europa*, o cancro do colo do útero sucede ao cancro da mama como a segunda causa de morte por cancro em mulheres com idades entre os 15 e 44 anos.

Na Europa, todos os dias, quarenta mulheres morrem de cancro do colo do útero.

Este número tem vindo a diminuir desde há alguns anos graças a programas de rastreio. No entanto, em França, em 2000, foram detectados 3400 novos casos.

O que causa o cancro do colo do útero?

Ao contrário de muitos outros cancros, a origem do cancro do colo do útero não é hereditária.
Este cancro é sempre causado por um vírus, o Papilomavírus Humano.

Certos tipos deste vírus são capazes de transformar as células do colo do útero, provocando lesões, que em alguns casos progridem para lesões cancerosas.

Esta progressão acontece apenas num número reduzido de casos e desenvolve-se ao longo de vários anos.

Quem pode ser afectado por este cancro?

Todas as mulheres podem ser afectadas.

40% de todos os casos de cancro do colo do útero são diagnosticados em mulheres com idades entre os 35 e os 54 anos. No entanto, foi demonstrado que a maioria das mulheres contraem o Papilomavírus na adolescência ou início da idade adulta

Cerca de 70% das mulheres e homens entrarão em contacto com o Papilomavírus durante as suas vidas. Este vírus é muito comum e é transmitido por simples contacto genital de uma pessoa para a outra.
Felizmente, a maioria das pessoas infectadas com o vírus não desenvolverão cancro porque, em 90% dos casos, o Papilomavírus é eliminado naturalmente.

O que é o Papilomavírus Humano?

Na verdade, existem mais de 100 tipos de Papilomavírus Humano.

Os Papilomavírus cutâneos são responsáveis pelas verrugas cutâneas, enquanto que os Papilomavírus das mucosas colonizam preferencialmente as membranas mucosas. Se entrarem em contacto com os órgãos genitais, os Papilomavírus podem causar várias patologias, entre as quais o cancro do colo do útero.

Nunca me vai acontecer

Estes vírus são muito contagiosos, comuns e podem ser totalmente silenciosos.

Os Papilomavírus infectam mulheres e homens, e a maioria de nós irá encontrar este vírus em algum momento das nossa vidas.

Qualquer pessoa que já tenha tido alguma forma de contacto genital com um portador de Papilomavírus genital, pode estar infectado.

Isto significa que não é necessário ter relações sexuais para haver infecção.

Um único parceiro com Papilomavírus é suficiente para se ser infectado.

Um estudo recente realizado na Europa, mostrou que 35% das jovens entre os 15 e os 17 anos estavam infectadas com Papilomavírus Humano, aumentando esta percentagem para 60% nas jovens de 19 anos de idade.

Quais as doenças causadas pelo Papilomavírus?

Apesar dos Papilomavírus serem comuns, felizmente são eliminados naturalmente em 90% dos casos. Nas situações em que tal não acontece, os Papilomavírus permanecem nas membranas mucosas, e podem causar sintomas clínicos a curto, médio e longo prazo.

Alguns tipos de Papilomavírus podem causar cancro do colo do útero, sendo o cancro o estádio final de um desenvolvimento que tem início em lesões nos tecidos.
Na maioria dos casos estas lesões regridem naturalmente, mas caso isso não aconteça ocorre uma progressão, em geral lenta, para lesões cancerosas.

O colo do útero não é a única região do aparelho genital que é sensível aos Papilomavírus. Eles podem também afectar a vulva e a vagina podendo provocar condilomas genitais e lesões semelhantes às provocadas no colo do útero, nomeadamente cancro.

Apesar de não serem cancerígenos, os condilomas genitais são difíceis de tratar e embaraçosos. Os tratamentos são dolorosos e as situações de reaparecimento são frequentes.

O cancro da vulva e da vagina é bastante mais raro do que o do colo do útero.


Como se podem diagnosticar estas doenças?

Como o cancro do colo do útero pode afectar todas as mulheres, o seu rastreio sistemático através de citologias regulares está implementado em muitos países.

A citologia consiste na recolha de uma amostra de células do colo do útero para consequente pesquisa de células com alterações. As anomalias cervicais causadas pelo Papilomavírus, que em geral não causam quaisquer sintomas na mulher, podem desta ser desta forma detectadas.

A maioria das lesões regredirá naturalmente. Dependendo do grau das lesões identificadas, o seu médico poderá optar por não intervir, mantendo sobre vigilância o seu desenvolvimento natural, ou por removê-las com tratamentos específicos.

Quais os tratamentos para estas doenças?

Não há nenhum tratamento que elimine o vírus em si.

Numa situação de cancro, os tratamentos são sempre longos e difíceis. Quer estejam envolvidos o colo do útero, a vagina ou a vulva (o cancro das duas últimas é o mais raro), se houver lesões cancerosas, o tecido com alterações é removido através de intervenção cirúrgica.

Os tratamentos para condilomas genitais consistem na remoção das lesões (por pequena cirurgia ou queimadura) e pelo uso de fármacos específicos. O tratamento da lesão é eficaz a curto prazo, mas pode ser doloroso e são comuns as situações de reaparecimento da doença.

Como me posso proteger contra estas doenças relacionadas com o Papilomavírus?

O rastreio é essencial porque detecta alterações nas células numa fase precoce, permitindo que se evite a progressão para lesões cancerosas. No entanto, o rastreio não protege contra a infecção por Papilomavírus nem contra as alterações nas células.

A origem vírica dos cancros relacionados com Papilomavírus oferece uma oportunidade de prevenção primária destas doenças e das lesões que as precedem, através de vacinação.

O rastreio continua contudo a ser necessário para vigiar o aparecimento de alterações celulares. A combinação do rastreio e da vacinação deverão maximizar a eficácia no combate ao cancro do colo do útero.

Quando deve ser feita a vacinação?

Uma vez que a infecção pelo vírus é mais frequente no início da vida sexual, a vacinação deverá ser feita de preferência em pré-adolescentes e adolescentes.

No entanto, a vacinação de mulheres jovens já exposta a um tipo de vírus permitirá a sua protecção contra tipos de Papilomavírus com os quais não tiveram contacto.
Contacte o seu médico para mais informação!

Agora é consigo!

Agora que tem toda a informação, não permita que o cancro decida o seu futuro, ou o da sua melhor amiga, da sua prima, da sua irmã ou da sua filha...

Passe a palavra.

Diga-lhes que o cancro do colo do útero pode afectar todas as mulheres, que é causado pelo Papilomavírus, um vírus muito comum, e que a prevenção existe!
Liga Portuguesa contra o Cancro
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RCP basica só com Compressoes!!!

Publicada por oncare On 15:37 0 comentários
As nao tao antigas guidelines da American Heart Associacion 2005 CPR poem mais enfase nas compressoes toraxicas relativamente com as ventilacoes. Pela primeira vez, a AHA aconselha a dar 30 compressoes para 2 ventilacoes,i.e. 30:2 (o antigo 15:2).

Deixamos entao o ABC, DocAroundTheClock meio tempo perdido, e adptamos o ACB (airway, compressions, breathing).

Ou melhor, agora é AC (airway, compressions) segundo as ultimas indicacoes. Clica aqui para ver AHA advisoryHands-Only (Compression-Only) Cardiopulmonary Resuscitation published in Circulation (PDF file).

De acordo com aCNN report desde o encontro da AHA 2008, APENAS COMPRESSOES - CPR trabalha tambem com as indicacoes standart para adultos:

" Os investigadores referem que a melhor forma de ajudar alguem que sofre uma paragem cardiaca, será usar apenas as maos, "Hands-only CPR", ou seja, a forma mais simples e pratica, para nos lembrar e evitar a "grande barreira", pessoa - pessoa, que é fazer a respiracao boca a boca.

Apenas tem de fazer duas coisas. Ligar o 112 e inicie as compressoes toraxicas no meio do externo.
Apenas CPR com maos, de forma ineterrupta compressoes - 100 por minuto - até Ä chegada da equipa de emergencia médica.



Esta medida só pode ser tomada nas pessoas adultas. Uma crianca que tenham uma PCR, a causa principal é ao nivel da, via aérea -- e por esse motivo devemos fazer primeiro respiracao boca - a - boca."

FONTE: American Heart Associacion
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RCP basica só com Compressoes!!!

Publicada por oncare On 15:37 0 comentários
As nao tao antigas guidelines da American Heart Associacion 2005 CPR poem mais enfase nas compressoes toraxicas relativamente com as ventilacoes. Pela primeira vez, a AHA aconselha a dar 30 compressoes para 2 ventilacoes,i.e. 30:2 (o antigo 15:2).

Deixamos entao o ABC, DocAroundTheClock meio tempo perdido, e adptamos o ACB (airway, compressions, breathing).

Ou melhor, agora é AC (airway, compressions) segundo as ultimas indicacoes. Clica aqui para ver AHA advisoryHands-Only (Compression-Only) Cardiopulmonary Resuscitation published in Circulation (PDF file).

De acordo com aCNN report desde o encontro da AHA 2008, APENAS COMPRESSOES - CPR trabalha tambem com as indicacoes standart para adultos:

" Os investigadores referem que a melhor forma de ajudar alguem que sofre uma paragem cardiaca, será usar apenas as maos, "Hands-only CPR", ou seja, a forma mais simples e pratica, para nos lembrar e evitar a "grande barreira", pessoa - pessoa, que é fazer a respiracao boca a boca.

Apenas tem de fazer duas coisas. Ligar o 112 e inicie as compressoes toraxicas no meio do externo.
Apenas CPR com maos, de forma ineterrupta compressoes - 100 por minuto - até Ä chegada da equipa de emergencia médica.



Esta medida só pode ser tomada nas pessoas adultas. Uma crianca que tenham uma PCR, a causa principal é ao nivel da, via aérea -- e por esse motivo devemos fazer primeiro respiracao boca - a - boca."

FONTE: American Heart Associacion
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Tensao arterial no Antebraco

Publicada por oncare On 14:55 0 comentários
Estudos recentes demonstraram que existe uma diferença entre a pressão arterial avaliada com um manguito automatizado sobre o antebraço versus o braço.

Na minha opiniao, considero que vai haver uma diferenca de pressão entre o antebraço e o braço. Em geral, a pressão arterial que se obtem a partir do antebraço será mais elevada do que a pressão arterial avaliada a partir do braço.
Um estudo realizado por Schell, et al. mostrou diferenças adicionais que podem afectar os valores de pressão arterial no antebraço; o mais importante sera a posicao da cama em Fowler. As maiores diferenças entre os valores antebraço e do braço, foi notada quando a cabeceira da cama foi elevada a 30 graus. Além disso, os clientes com uma grande massa corporal e os clientes com farmacos vasoativos foram os que, mais probabilidades tiveram de ter grandes diferenças de valores de T.A entre o antebraço e o braço.

A principal questao será que o antebraço é o melhor local para avaliar a pressão arterial. Compreendo que a pressão do antebraço é provavelmente superior ao que seria avaliada a partir do braço. Tendo em atencao o seguinte, e imaginando que, tinhamos um cliente que apresentava uma T.A.S de 90 mm Hg no antebraco, poderiamos estar a cometer um erro diagnostico (isolado), de considerar um estado de choque, consiederando que a T.A.S no braco e maior. Este tipo de erros aumenta se, posicao da cabeceira da cama > 30 graus, elevado indice de massa corporal, e administracao de drogas vasoactivas.

Schell, K, et al. (2008). Journal of Critical Care 17 (3): 282-3.
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Tensao arterial no Antebraco

Publicada por oncare On 14:55 0 comentários
Estudos recentes demonstraram que existe uma diferença entre a pressão arterial avaliada com um manguito automatizado sobre o antebraço versus o braço.

Na minha opiniao, considero que vai haver uma diferenca de pressão entre o antebraço e o braço. Em geral, a pressão arterial que se obtem a partir do antebraço será mais elevada do que a pressão arterial avaliada a partir do braço.
Um estudo realizado por Schell, et al. mostrou diferenças adicionais que podem afectar os valores de pressão arterial no antebraço; o mais importante sera a posicao da cama em Fowler. As maiores diferenças entre os valores antebraço e do braço, foi notada quando a cabeceira da cama foi elevada a 30 graus. Além disso, os clientes com uma grande massa corporal e os clientes com farmacos vasoativos foram os que, mais probabilidades tiveram de ter grandes diferenças de valores de T.A entre o antebraço e o braço.

A principal questao será que o antebraço é o melhor local para avaliar a pressão arterial. Compreendo que a pressão do antebraço é provavelmente superior ao que seria avaliada a partir do braço. Tendo em atencao o seguinte, e imaginando que, tinhamos um cliente que apresentava uma T.A.S de 90 mm Hg no antebraco, poderiamos estar a cometer um erro diagnostico (isolado), de considerar um estado de choque, consiederando que a T.A.S no braco e maior. Este tipo de erros aumenta se, posicao da cabeceira da cama > 30 graus, elevado indice de massa corporal, e administracao de drogas vasoactivas.

Schell, K, et al. (2008). Journal of Critical Care 17 (3): 282-3.
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Numa investigação realizada pelo Conselho Nacional do Ensino Americano, os investigadores analisaram os níveis de glicose após a interrupcao das perfusões continuas intravenosas de insulina. Descobriram que níveis de glicose tinham sido tratados com uma variedade de métodos diferentes, após a paragem da perfusao de insulina. No entanto,após 24 horas de protocolo e depois de interrompida a P.C. Insulina, o nível médio de glicose no sangue era de 181 mg / dL.

Os autores sugerem a criacao de um protocolo padronizado insulina para lidar com a hiperglicemia, após a paragem da perfusao de insulina, de forma a evitar um aumento substancial da glicose no sangue, que poderiam ser prejudiciais para o doente. Outros estudos têm demonstrado que a hiperglicemia pode causar diminuição da cicatrização, diminuição da resposta imune, aumento da pressão intracraniana, e outras complicações, assim como uma maior taxa de mortalidade. Por isso é importante, que para controlar a glicose no sangue e mantê-la o mais próximo possível do intervalo alvo de 80 a 100 mg / dL possível.

De acordo com este estudo não se está a fazer um bom trabalho de responder aos níveis de glicose no sangue após o termino da perfusao de insulina. Precisamos assim de protocolos para resolver os desiquilibrios de glicose após terminada a perfusao de insulina, como o objectivo chave, de evitar complicações.

Li, F.Y., et al. (2008). American Journal of Critical Care, 173 (3), 277-278.
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Numa investigação realizada pelo Conselho Nacional do Ensino Americano, os investigadores analisaram os níveis de glicose após a interrupcao das perfusões continuas intravenosas de insulina. Descobriram que níveis de glicose tinham sido tratados com uma variedade de métodos diferentes, após a paragem da perfusao de insulina. No entanto,após 24 horas de protocolo e depois de interrompida a P.C. Insulina, o nível médio de glicose no sangue era de 181 mg / dL.

Os autores sugerem a criacao de um protocolo padronizado insulina para lidar com a hiperglicemia, após a paragem da perfusao de insulina, de forma a evitar um aumento substancial da glicose no sangue, que poderiam ser prejudiciais para o doente. Outros estudos têm demonstrado que a hiperglicemia pode causar diminuição da cicatrização, diminuição da resposta imune, aumento da pressão intracraniana, e outras complicações, assim como uma maior taxa de mortalidade. Por isso é importante, que para controlar a glicose no sangue e mantê-la o mais próximo possível do intervalo alvo de 80 a 100 mg / dL possível.

De acordo com este estudo não se está a fazer um bom trabalho de responder aos níveis de glicose no sangue após o termino da perfusao de insulina. Precisamos assim de protocolos para resolver os desiquilibrios de glicose após terminada a perfusao de insulina, como o objectivo chave, de evitar complicações.

Li, F.Y., et al. (2008). American Journal of Critical Care, 173 (3), 277-278.
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Desenvolvimento Fetal

Publicada por oncare On 09:12 1 comentários
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Desenvolvimento Fetal

Publicada por oncare On 09:12 1 comentários
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[Lavasept as an alternative to PVP-iodine as a preoperative antiseptic in ophthalmic surgery. Randomized, controlled, prospective double-blind trial]


Author(s): Hansmann F, Kramer A, Ohgke H, Strobel H, Muller M, Geerling G

Affiliation(s): Klinik fur Augenheilkunde, Campus Lubeck des Universitatsklinikums Schleswig-Holstein, Lubeck. hansmann@t-online.de

Publication date & source: 2005-11, Ophthalmologe., 102(11):1043-6, 1048-50.

Publication type: Randomized Controlled Trial

BACKGROUND: To reduce the risk of endophthalmitis PVP-iodine is typically used preoperatively. Since iodine is contraindicated in patients with a specific allergic history or severe thyroid disorder we studied the effect of Lavasept, which contains Polyhexanid as an antiseptic alternative.

PATIENTS AND METHODS: In a randomized controlled double-blind trial 3 drops of 0.2% Lavasept, 1.25% PVP-iodine or Ringer's solution were applied preoperatively to 67 patients, which have had a minimum of 5 colony forming units (cfu's) in the conjunctival swap. The effectiveness and tolerability were measured.RESULTS: After application of Lavasept or PVP-iodine, the number of cfu was statistically significantly reduced. Lavasept reduced the number of bacterial colonies significantly better than PVP-iodine (p=0.05). All test solutions were equally well tolerated.

CONCLUSION: The use af Lavasept is safe, well tolerated and reduces the microbiological contamination of the conjunctival fornix effectively. lt provides a more effective reduction of the cfu's than PVP-iodine 1.25% and this effect tends to be prolonged. Lavasept is a good alternative option in ophthalmology for preoperative antisepsis.

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[Lavasept as an alternative to PVP-iodine as a preoperative antiseptic in ophthalmic surgery. Randomized, controlled, prospective double-blind trial]


Author(s): Hansmann F, Kramer A, Ohgke H, Strobel H, Muller M, Geerling G

Affiliation(s): Klinik fur Augenheilkunde, Campus Lubeck des Universitatsklinikums Schleswig-Holstein, Lubeck. hansmann@t-online.de

Publication date & source: 2005-11, Ophthalmologe., 102(11):1043-6, 1048-50.

Publication type: Randomized Controlled Trial

BACKGROUND: To reduce the risk of endophthalmitis PVP-iodine is typically used preoperatively. Since iodine is contraindicated in patients with a specific allergic history or severe thyroid disorder we studied the effect of Lavasept, which contains Polyhexanid as an antiseptic alternative.

PATIENTS AND METHODS: In a randomized controlled double-blind trial 3 drops of 0.2% Lavasept, 1.25% PVP-iodine or Ringer's solution were applied preoperatively to 67 patients, which have had a minimum of 5 colony forming units (cfu's) in the conjunctival swap. The effectiveness and tolerability were measured.RESULTS: After application of Lavasept or PVP-iodine, the number of cfu was statistically significantly reduced. Lavasept reduced the number of bacterial colonies significantly better than PVP-iodine (p=0.05). All test solutions were equally well tolerated.

CONCLUSION: The use af Lavasept is safe, well tolerated and reduces the microbiological contamination of the conjunctival fornix effectively. lt provides a more effective reduction of the cfu's than PVP-iodine 1.25% and this effect tends to be prolonged. Lavasept is a good alternative option in ophthalmology for preoperative antisepsis.

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INSUFICIENTE

Publicada por oncare On 14:44 0 comentários

ADMINISTRACAO DO ONCARE CONCLUI QUE O BLOG AINDA TEM CONTEUDOS QUE SAO INSUFICIENTES.

O BLOG DESENVOLVERÁ NOS PROXIMOS DIAS MEDIDAS PARA AUMENTAR A QUALIDADE DO MESMO EM TODOS OS ASPECTOS...

ADM. ENF. DAVIDE CARVALHO

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INSUFICIENTE

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ADMINISTRACAO DO ONCARE CONCLUI QUE O BLOG AINDA TEM CONTEUDOS QUE SAO INSUFICIENTES.

O BLOG DESENVOLVERÁ NOS PROXIMOS DIAS MEDIDAS PARA AUMENTAR A QUALIDADE DO MESMO EM TODOS OS ASPECTOS...

ADM. ENF. DAVIDE CARVALHO

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DRENAGEM TORÁCICA

Publicada por oncare On 15:23 0 comentários
Margarida Resende
UCI - Hospital da Cruz da Vermelha, Lisboa

Introdução
. A colocação de um dreno torácico é um procedimento corrente que pode ser realizado com
segurança numa Unidade de Cuidados Intensivos.
. Utiliza-se geralmente para aspirar ar ou líquido da cavidade pleural, mas também pode ser útil
para introduzir substâncias “esclerosantes”, prevenindo a reacumulação de líquido nos
derrames recorrentes ou a recidiva de um pneumotórax.
. Também se utilizam cateteres pleurais de pequeno calibre para introduzir na cavidade pleural
agentes anestésicos e reduzir a necessidade de analgesia sistémica após toracotomia.



Tabela 1. Algumas indicações para colocação de drenagem torácica
Pneumotórax
Primário ou espontâneo
Secundário
DPOC
Pneumonia
Abcesso/Empiema
Neoplasia
Iatrogénico
Colocação de cateter central
Biópsia pulmonar/pleural
Ventilação mecânica
Hemotórax
Traumático
Ferida penetrante
Ferida não penetrante
Biópsia pulmonar/pleural
Não traumático
Enfarte pulmonar/embolia
Abcesso
Empiema
Pneumonia
Abcesso
Pós toracotomia
Derrame pleural recorrente
Neoplásico
Cardíaco
Para escleroterapia
Quilotórax
Cirurgia torácica
Neoplasia
Colocação de linha venosa central
Hiperextensão súbita do pescoço
Vómito ou tosse violentos
Outras indicações
Anestesia
Quimioterapia
Malformação artério-venosa
Neoplasia
Coagulopatia

Pneumotórax
. Por definição, existe pneumotórax quando há acumulação de ar na cavidade pleural,eliminando a pressão negativa normal e fazendo com que o pulmão perca contacto com a parede torácica e colapse.
. Um pneumotórax pequeno em pulmões sem lesão parenquimatosa pode ser reabsorvido pela
circulação pleural e permitir que o pulmão volte a expandir.
. Se há lesão parenquimatosa ou o pneumotórax tem dimensões apreciáveis e causa dificuldade respiratória, deve ser evacuado por aspiração ou drenagem torácica.
. O pneumotórax espontâneo, embora seja uma situação relativamente comum, raramente leva a internamento em Cuidados Intensivos a não ser que surja uma complicação.
. Um pneumotórax iatrogénico, pelo número de procedimentos realizados numa UCI, é uma situação frequente e que, pelo menos em doentes submetidos a ventilação mecânica, quase sempre obriga a drenagem torácica. Para além da colocação de linhas centrais e ventilação mecânica, outras causas de pneumotórax iatrogénico são a toracocentese, reanimação cárdiorespiratória, entubação endo-traqueal, colocação de sondas naso-gástricas, broncoscopia e
biópsia pleural.
. Um pneumotórax sob tensão é uma situação urgente que causa compromisso hemodinâmico grave. Ocorre sobretudo em doentes ventilados e com Peep e o ar no espaço pleural aumenta em cada ciclo respiratório, aumentando a pressão e levando a desvio do mediastino de forma a que diminui o retorno venoso e o débito cardíaco.
. Clinicamente há desvio da traqueia para o lado oposto, ausência de movimentos respiratórios
e murmúrio vesicular no lado afectado, aumento da sonoridade à percussão, distensão jugular,
hipotensão, taquicárdia, hipoxémia.
. É urgente a colocação de um dreno torácico e, enquanto se prepara o material para a
drenagem, deve colocar-se uma agulha nº 14 ou 16 no 2º espaço intercostal anterior, na linha
médio-clavicular, o que vai permitir aliviar a pressão intra-pleural e evitar maior compromisso
hemodinâmico.

Hemotórax
. Hemotórax é a acumulação no espaço pleural de líquido com um hematócrito de pelo menos
50% do hematócrito do doente.
. O hemotórax espontâneo, não traumático é raro. Pode estar associado a um pneumotórax
espontâneo, a malformação artério-venosa ou alterações graves da coagulação.
. O hemotórax traumático é muito mais comum e pode ser uma situação de extrema urgência.
Mais importante que drenar o hemotórax, pode ser a estabilização hemodinâmica do doente e
a administração de volume.
. Se o hemotórax é de grandes dimensões (opacificação de todo um hemitórax), está contraindicada a colocação de um dreno fora do bloco operatório e o mais correcto será proceder a
uma toracotomia para controlar a causa da hemorragia.

Trauma
. Um doente politraumatizado com lesão torácica, dificuldade respiratória e enfisema
subcutâneo tem quase seguramente indicação para drenagem torácica urgente mesmo sem
outra avaliação prévia.
. No entanto deve dar-se prioridade à tentativa de estabilização hemodinâmica e respiratória e
devem obter-se RX que confirmem a indicação para drenagem.
. Um hemotórax maciço (opacificação de todo um hemitórax) pode estar a tamponar a fonte de
hemorragia e só deve ser drenado depois de estabilizar o doente ou com o apoio de um
cirurgião capaz de realizar uma toracotomia de urgência.

Empiema
. Empiema é uma colecção de líquido infectado, purulento no espaço pleural. Está
normalmente associado a uma pneumonia necrosante, um abcesso pulmonar ou a uma
infecção pleural pós toracotomia. Pode também ser secundário a uma ferida penetrante do
tórax ou ruptura do esófago.
. É essencial uma toracocentese para fazer o diagnóstico de empiema, que obriga sempre à
colocação de um dreno torácico.
. Se o líquido aspirado não for claramente purulento, um empiema é definido por uma glicose <> 1000 IU/ L.
. Um empiema está frequentemente septado e pode ser necessário definir, por ecografia ou
TAC a sua localização exacta.
. Um empiema que não resolve completamente com drenagem adequada e antibioterapia,
pode necessitar pleuroscopia, tratamento cirúrgico ou descorticação.
Derrame pleural
. Têm indicação para drenagem os derrames pleurais de grandes dimensões que causam
dispneia ou dificultam o desmame de ventilação mecânica.
. Os derrames volumosos devem ser drenados devagar (não mais que 1000 ml em 30‘), para evitar alterações de reexpansão (edema pulmonar) no pulmão colapsado.
. Se há recorrência do derrame com necessidade de drenagens repetidas (ex.: derrames neoplásicos), pode haver indicação para colocação de um dreno torácico com o objectivo de conseguir uma pleurodese. Faz-se a injecção de um agente esclerosante (ex.: tetraciclina), normalmente precedido da introdução de um anestésico (lidocaína ou bupivacaína).

Quilotórax
. É uma situação rara, normalmente secundária a lesão cirúrgica, trauma, invasão neoplásica ou punção inadvertida do canal torácico por tentativa de canalização da veia subclávia esquerda.
. Se tem dimensões apreciáveis, tem indicação para drenagem torácica numa tentativa de tratamento conservador. Cerca de 50% dos casos acabam por necessitar tratamento cirúrgico.

Escleroterapia
. Consiste na introdução no espaço pleural, através do dreno que serviu para drenagem completa do derrame que pretendemos tratar, de uma substância esclerosante que, levando à aderência dos folhetos parietal e visceral (pleurodese), evite a recorrência do derrame.
. Há várias substâncias utilizadas para “pleurodese química”, mas os melhores resultados parecem ser com a tetraciclina.

Contra-indicações
. Não há contra-indicações absolutas para a colocação de uma drenagem torácica, mas algumas contra-indicações relativas e algumas situações em que devem ter-se alguns cuidados.
. Se há alterações importantes da coagulação (aumento do TP, TTP ou trombocitopénia), estas devem ser corrigidas antes do procedimento.
. Numa situação de emergência, deve pelo menos administrar-se plasma fresco congelado ou concentrado plaquetário durante a colocação da drenagem.
. Em doentes com enfisema, pode, no RX de tórax, confundir-se uma grande bolha de enfisema com um pneumotórax. A colocação de um dreno não tem qualquer indicação nesta situação e é uma agressão desnecessária para o doente.
. Uma atelectasia importante com derrame pleural considerável pode ser consequência de oclusão de um brônquio lobar. No RX tórax há derrame pleural unilateral sem desvio do mediastino. Nestas situações, a drenagem rápida do derrame sem resolução prévia da obstrução, pode levar a desvio do mediastino com compromisso hemodinâmico.
. Nos doentes com toracotomia prévia, a inserção de um dreno intercostal deve ser feita com particular cuidado pela provável existência de aderências pleurais ou elevação do diafragma.
. Um hemotórax maciço pode ser contra-indicação para colocação de uma drenagem torácica
fora do bloco operatório. O sangue acumulado pode estar a tamponar a origem da hemorragia
e a inserção de um dreno pode precipitar uma hemorragia difícil de controlar. Nestas situações
é mais seguro ter o apoio de um cirurgião capaz de fazer uma toracotomia de urgência se necessário.

Procedimento
. Como em todos os procedimentos, devem sempre analisar-se os riscos e benefícios da colocação de um dreno torácico. Num pequeno pneumotórax após colocação de um cateter venoso central, a colocação de um dreno dependerá do compromisso respiratório e hemodinâmico do doente, enquanto que num grande traumatizado com pneumotórax é quase obrigatória a colocação urgente de uma drenagem.

Tabela 2. Material necessário para colocação de uma drenagem torácica
Bata, luva, máscara e touca esterilizadas
Campos e pensos esterilizados
Lidocaína a 1% ou 2%
Seringa 10 ml e agulhas 25 e 22 para anestesia
Seringa 10 ml e agulha para toracocentese
Sedas para sutura
Pinças de Kelly (2 grandes e 2 médias)
Tesoura ou lâmina
Taça para desinfectante
Compressas esterilizadas
Sistema de drenagem e aspiração com níveis líquidos apropriados
Tubo de drenagem (12 a 42 Fr)

. O material necessário (Tabela 2) deve estar sempre acessível na Unidade de Cuidados Intensivos. A escolha do tubo de drenagem depende do material a drenar. O tubo é de plástico
transparente com múltiplos orifícios laterais no seu terço distal e uma linha rádio-opaca ao longo de todo o comprimento, para identificar facilmente a sua localização na cavidade pleural.
. Para drenagem de um pneumo, hemo ou hemopneumotórax traumático deve utilizar-se um tubo largo (36 a 40 Fr), enquanto que para um pneumotórax espontâneo não complicado deve
usar-se um tubo de pequeno calibre (12 a 22 Fr).
. Há tubos de drenagem torácica com um guia de metal rígido, muito fáceis de usar se tivermos
presentes os cuidados a ter na sua colocação. Sobretudo não deve avançar-se o guia metálico após penetração na cavidade pleural, mas este deve apenas servir de suporte para fazer avançar o tubo de plástico. De outra forma há o risco de lacerar o parênquima pulmonar ou mesmo de deixar uma drenagem “intra-parenquimatosa”.

Sistema de drenagem
. Antes de colocar o dreno, devemos preparar o sistema de drenagem. Deve ser sempre um sistema fechado, os tubos devem ter calibre suficiente para drenar qualquer espécie de fluido e
devem adaptar perfeitamente para que não haja qualquer entrada de ar.
. O sistema mínimo de drenagem torácica inclui pelo menos um frasco com um nível de água
onde mergulha a extensão do dreno torácico e uma abertura para o exterior ou para um
sistema de aspiração contínua de baixa pressão.
. O sistema desejável de drenagem compõe-se de 3 frascos em sequência: o primeiro para drenar o conteúdo pleural, o segundo com um nível de água que previne o retorno de ar para a pleura durante a fase inspiratória de pressão negativa e o terceiro com um nível de água proporcional à pressão de aspiração que pretendemos. Há sistemas completos de 3 frascos comercializados numa única peça de plástico, muito seguros, cómodos e fáceis de transportar.

Técnica cirúrgica
. Sempre que possível deve fazer-se pré-medicação com um analgésico e um sedativo depois de explicar ao doente o procedimento a realizar.
- Local de inserção
1. Ar livre - o dreno é inserido no 4º ou 5º espaço intercostal, na linha axilar anterior. Esta incisão evita estruturas vitais e não implica a penetração dos músculos peitorais que pode ser dolorosa, difícil e inestética.
Fig.1 –Local de inserção de um dreno torácico para drenagem de ar ou líquido livres
2. Líquido livre – o dreno deve ser inserido na linha axilar anterior, abaixo do nível do líquido o que pode ser determinado pela clínica, RX tórax (Fig.1) ou, com mais precisão, por ecografia.
3. Ar ou líquido septados – o dreno tem de ser colocado no local da colecção pleural. Pode ter de ser num espaço intercostal posterior e pode necessitar do apoio de cirurgia.

- Posição do doente
Como os drenos intercostais são quase invariavelmente colocados na linha axilar anterior,
o doente deve estar posicionado em decúbito dorsal, com o hemitórax a drenar
ligeiramente elevado com uma almofada, e o membro superior flectido sob a cabeça e
preso para que mantenha sempre a mesma posição.

-Técnica
1. Desinfectar a pele com técnica cirúrgica e usar bata, touca, máscara e luvas esterilizadas.
2. Para confirmar o local adequado fazer sempre primeiro uma toracocentese no local de colocação do dreno.
3. Anestesiar a pele e tecido subcutâneo com Lidocaína a 1% ou 2%, num túnel ascendente que começa 1 ou 2 dedos abaixo do bordo superior do arco costal seleccionado.
4. Fazer uma incisão na pele e dissecar a gordura e tecido sub-cutâneo com tesoura de dissecção, no sentido ascendente. Deve fazer-se um túnel onde passe o indicador, injectando Lidocaína conforme necessário.
5. Quando se palpa o arco costal e a parede torácica através do túnel, deve injectar-se mais anestesia para infiltrar o músculo intercostal , o periósteo e finalmente a pleura, normalmente ao mesmo tempo que se aspira o conteúdo da cavidade pleural.
6. Com a tesoura de dissecção, abrir o músculo e a pleura de forma a poder introduzir o indicador para explorar a cavidade pleural, antes de introduzir o dreno (Fig.2).
7. Ter o cuidado de não ultrapassar o bordo superior do arco costal, para evitar o nervo e vasos intercostais que passam no bordo inferior do arco costal imediatamente superior.
8. Com o indicador, explorar a cavidade pleural à volta da incisão para excluir pulmão, diafragma ou aderências.
Fig. 2 Fig. 3
9. Medir e marcar o dreno torácico de forma a saber o comprimento preciso que deve ser introduzido: para drenar um peumotórax livre o dreno deve ser avançado em direcção ao vértice do pulmão, enquanto que para drenar líquido e tendo feito a inserção tão baixa quanto possível, deve orientar-se o dreno no sentido póstero-basal e introduzir na cavidade pleural apenas 2 ou 3cm de forma a favorecer a drenagem por gravidade.
10. Introduzir finalmente a extremidade do dreno, com o auxílio de uma pinça de Kelly, através
do túnel e até à marca feita previamente. Para avançar o dreno até ao vértice pulmonar, roda-se a pinça 180º após entrada na cavidade pleural (Fig.3). O dreno deve estar clampado na sua extremidade distal para evitar entrada de ar do exterior.
11. Fixar o dreno à pele com um ponto em “U” de forma a que, quando mais tarde se retire a drenagem, possa suturar-se a incisão no mesmo acto.
12. Conectar o sistema de drenagem previamente preparado e só depois disso desclampar o dreno.
13. Confirmar a saída de ar ou líquido, rítmica com a expiração do doente.
14. Confirmar com RX tórax um posicionamento adequado e uma drenagem eficaz com
reexpansão do pulmão.

Manutenção
. A drenagem torácica deve ligar-se a um sistema de aspiração de baixa pressão para evacuar eficazmente a cavidade pleural e promover a aderência de ambos os folhetos pleurais.
. A pressão utilizada é de cerca de 10 a 20 cm de água.
. Como com qualquer outro dreno ou procedimento invasivo, a drenagem só deve permanecer o tempo suficiente para drenar todo o ar ou líquido existente na cavidade pleural.
. Num pneumotórax mantem-se o dreno enquanto houver saída de ar e até controlo radiológico que confirme a reexpansão do pulmão. Se a tosse forçada não provoca qualquer saída de ar, pode manter-se aspiração durante mais 12 a 24 horas e retirar a drenagem.
. Num derrame pleural ou hemotórax, retira-se normalmente o dreno quando o volume drenado é inferior a 100 ml/24 horas.
. No caso de um empiema, deve obter-se completa resolução, radiológica e clínica, do processo infeccioso.
. Apesar de uma drenagem eficaz, o conteúdo da cavidade pleural pode organizar-se ou septar e justificar a realização de uma pleuroscopia, drenagem cirúrgica ou descorticação. A TAC torácica e a Ecografia são, nestes casos, de extrema utilidade para um diagnóstico correcto.

Bibliografia:
1. Thomas J. Iberti, MD, and Philip M. Stern, MD: Chest tube thoracostomy. In Procedures in the ICU - Critical Care
Clinics, 8(4):879, 1992
2. Pezzella TA, Marsicano TH: Chest tube insertion and care. In Rippe JM, Irwin RS, Alpert JS, et al (eds): Intensive
Care Medicine, ed.2. Boston, Little, Brown, 1991, p73
3. Swensen SJ, Peters SG, LeRoy AJ, et al: Radiology in the intensive care unit. Mayo Clin Proc 66(4):396, 1991
4. Light RW: Pleural diseases, ed.2. Philadelphia, Lea & Febiger, 1990
5. Miller KS, Sahn FA: Chest tubes: Indication, technique, management and complications. Chest 91:258, 1987
| edit post

DRENAGEM TORÁCICA

Publicada por oncare On 15:23 0 comentários
Margarida Resende
UCI - Hospital da Cruz da Vermelha, Lisboa

Introdução
. A colocação de um dreno torácico é um procedimento corrente que pode ser realizado com
segurança numa Unidade de Cuidados Intensivos.
. Utiliza-se geralmente para aspirar ar ou líquido da cavidade pleural, mas também pode ser útil
para introduzir substâncias “esclerosantes”, prevenindo a reacumulação de líquido nos
derrames recorrentes ou a recidiva de um pneumotórax.
. Também se utilizam cateteres pleurais de pequeno calibre para introduzir na cavidade pleural
agentes anestésicos e reduzir a necessidade de analgesia sistémica após toracotomia.



Tabela 1. Algumas indicações para colocação de drenagem torácica
Pneumotórax
Primário ou espontâneo
Secundário
DPOC
Pneumonia
Abcesso/Empiema
Neoplasia
Iatrogénico
Colocação de cateter central
Biópsia pulmonar/pleural
Ventilação mecânica
Hemotórax
Traumático
Ferida penetrante
Ferida não penetrante
Biópsia pulmonar/pleural
Não traumático
Enfarte pulmonar/embolia
Abcesso
Empiema
Pneumonia
Abcesso
Pós toracotomia
Derrame pleural recorrente
Neoplásico
Cardíaco
Para escleroterapia
Quilotórax
Cirurgia torácica
Neoplasia
Colocação de linha venosa central
Hiperextensão súbita do pescoço
Vómito ou tosse violentos
Outras indicações
Anestesia
Quimioterapia
Malformação artério-venosa
Neoplasia
Coagulopatia

Pneumotórax
. Por definição, existe pneumotórax quando há acumulação de ar na cavidade pleural,eliminando a pressão negativa normal e fazendo com que o pulmão perca contacto com a parede torácica e colapse.
. Um pneumotórax pequeno em pulmões sem lesão parenquimatosa pode ser reabsorvido pela
circulação pleural e permitir que o pulmão volte a expandir.
. Se há lesão parenquimatosa ou o pneumotórax tem dimensões apreciáveis e causa dificuldade respiratória, deve ser evacuado por aspiração ou drenagem torácica.
. O pneumotórax espontâneo, embora seja uma situação relativamente comum, raramente leva a internamento em Cuidados Intensivos a não ser que surja uma complicação.
. Um pneumotórax iatrogénico, pelo número de procedimentos realizados numa UCI, é uma situação frequente e que, pelo menos em doentes submetidos a ventilação mecânica, quase sempre obriga a drenagem torácica. Para além da colocação de linhas centrais e ventilação mecânica, outras causas de pneumotórax iatrogénico são a toracocentese, reanimação cárdiorespiratória, entubação endo-traqueal, colocação de sondas naso-gástricas, broncoscopia e
biópsia pleural.
. Um pneumotórax sob tensão é uma situação urgente que causa compromisso hemodinâmico grave. Ocorre sobretudo em doentes ventilados e com Peep e o ar no espaço pleural aumenta em cada ciclo respiratório, aumentando a pressão e levando a desvio do mediastino de forma a que diminui o retorno venoso e o débito cardíaco.
. Clinicamente há desvio da traqueia para o lado oposto, ausência de movimentos respiratórios
e murmúrio vesicular no lado afectado, aumento da sonoridade à percussão, distensão jugular,
hipotensão, taquicárdia, hipoxémia.
. É urgente a colocação de um dreno torácico e, enquanto se prepara o material para a
drenagem, deve colocar-se uma agulha nº 14 ou 16 no 2º espaço intercostal anterior, na linha
médio-clavicular, o que vai permitir aliviar a pressão intra-pleural e evitar maior compromisso
hemodinâmico.

Hemotórax
. Hemotórax é a acumulação no espaço pleural de líquido com um hematócrito de pelo menos
50% do hematócrito do doente.
. O hemotórax espontâneo, não traumático é raro. Pode estar associado a um pneumotórax
espontâneo, a malformação artério-venosa ou alterações graves da coagulação.
. O hemotórax traumático é muito mais comum e pode ser uma situação de extrema urgência.
Mais importante que drenar o hemotórax, pode ser a estabilização hemodinâmica do doente e
a administração de volume.
. Se o hemotórax é de grandes dimensões (opacificação de todo um hemitórax), está contraindicada a colocação de um dreno fora do bloco operatório e o mais correcto será proceder a
uma toracotomia para controlar a causa da hemorragia.

Trauma
. Um doente politraumatizado com lesão torácica, dificuldade respiratória e enfisema
subcutâneo tem quase seguramente indicação para drenagem torácica urgente mesmo sem
outra avaliação prévia.
. No entanto deve dar-se prioridade à tentativa de estabilização hemodinâmica e respiratória e
devem obter-se RX que confirmem a indicação para drenagem.
. Um hemotórax maciço (opacificação de todo um hemitórax) pode estar a tamponar a fonte de
hemorragia e só deve ser drenado depois de estabilizar o doente ou com o apoio de um
cirurgião capaz de realizar uma toracotomia de urgência.

Empiema
. Empiema é uma colecção de líquido infectado, purulento no espaço pleural. Está
normalmente associado a uma pneumonia necrosante, um abcesso pulmonar ou a uma
infecção pleural pós toracotomia. Pode também ser secundário a uma ferida penetrante do
tórax ou ruptura do esófago.
. É essencial uma toracocentese para fazer o diagnóstico de empiema, que obriga sempre à
colocação de um dreno torácico.
. Se o líquido aspirado não for claramente purulento, um empiema é definido por uma glicose <> 1000 IU/ L.
. Um empiema está frequentemente septado e pode ser necessário definir, por ecografia ou
TAC a sua localização exacta.
. Um empiema que não resolve completamente com drenagem adequada e antibioterapia,
pode necessitar pleuroscopia, tratamento cirúrgico ou descorticação.
Derrame pleural
. Têm indicação para drenagem os derrames pleurais de grandes dimensões que causam
dispneia ou dificultam o desmame de ventilação mecânica.
. Os derrames volumosos devem ser drenados devagar (não mais que 1000 ml em 30‘), para evitar alterações de reexpansão (edema pulmonar) no pulmão colapsado.
. Se há recorrência do derrame com necessidade de drenagens repetidas (ex.: derrames neoplásicos), pode haver indicação para colocação de um dreno torácico com o objectivo de conseguir uma pleurodese. Faz-se a injecção de um agente esclerosante (ex.: tetraciclina), normalmente precedido da introdução de um anestésico (lidocaína ou bupivacaína).

Quilotórax
. É uma situação rara, normalmente secundária a lesão cirúrgica, trauma, invasão neoplásica ou punção inadvertida do canal torácico por tentativa de canalização da veia subclávia esquerda.
. Se tem dimensões apreciáveis, tem indicação para drenagem torácica numa tentativa de tratamento conservador. Cerca de 50% dos casos acabam por necessitar tratamento cirúrgico.

Escleroterapia
. Consiste na introdução no espaço pleural, através do dreno que serviu para drenagem completa do derrame que pretendemos tratar, de uma substância esclerosante que, levando à aderência dos folhetos parietal e visceral (pleurodese), evite a recorrência do derrame.
. Há várias substâncias utilizadas para “pleurodese química”, mas os melhores resultados parecem ser com a tetraciclina.

Contra-indicações
. Não há contra-indicações absolutas para a colocação de uma drenagem torácica, mas algumas contra-indicações relativas e algumas situações em que devem ter-se alguns cuidados.
. Se há alterações importantes da coagulação (aumento do TP, TTP ou trombocitopénia), estas devem ser corrigidas antes do procedimento.
. Numa situação de emergência, deve pelo menos administrar-se plasma fresco congelado ou concentrado plaquetário durante a colocação da drenagem.
. Em doentes com enfisema, pode, no RX de tórax, confundir-se uma grande bolha de enfisema com um pneumotórax. A colocação de um dreno não tem qualquer indicação nesta situação e é uma agressão desnecessária para o doente.
. Uma atelectasia importante com derrame pleural considerável pode ser consequência de oclusão de um brônquio lobar. No RX tórax há derrame pleural unilateral sem desvio do mediastino. Nestas situações, a drenagem rápida do derrame sem resolução prévia da obstrução, pode levar a desvio do mediastino com compromisso hemodinâmico.
. Nos doentes com toracotomia prévia, a inserção de um dreno intercostal deve ser feita com particular cuidado pela provável existência de aderências pleurais ou elevação do diafragma.
. Um hemotórax maciço pode ser contra-indicação para colocação de uma drenagem torácica
fora do bloco operatório. O sangue acumulado pode estar a tamponar a origem da hemorragia
e a inserção de um dreno pode precipitar uma hemorragia difícil de controlar. Nestas situações
é mais seguro ter o apoio de um cirurgião capaz de fazer uma toracotomia de urgência se necessário.

Procedimento
. Como em todos os procedimentos, devem sempre analisar-se os riscos e benefícios da colocação de um dreno torácico. Num pequeno pneumotórax após colocação de um cateter venoso central, a colocação de um dreno dependerá do compromisso respiratório e hemodinâmico do doente, enquanto que num grande traumatizado com pneumotórax é quase obrigatória a colocação urgente de uma drenagem.

Tabela 2. Material necessário para colocação de uma drenagem torácica
Bata, luva, máscara e touca esterilizadas
Campos e pensos esterilizados
Lidocaína a 1% ou 2%
Seringa 10 ml e agulhas 25 e 22 para anestesia
Seringa 10 ml e agulha para toracocentese
Sedas para sutura
Pinças de Kelly (2 grandes e 2 médias)
Tesoura ou lâmina
Taça para desinfectante
Compressas esterilizadas
Sistema de drenagem e aspiração com níveis líquidos apropriados
Tubo de drenagem (12 a 42 Fr)

. O material necessário (Tabela 2) deve estar sempre acessível na Unidade de Cuidados Intensivos. A escolha do tubo de drenagem depende do material a drenar. O tubo é de plástico
transparente com múltiplos orifícios laterais no seu terço distal e uma linha rádio-opaca ao longo de todo o comprimento, para identificar facilmente a sua localização na cavidade pleural.
. Para drenagem de um pneumo, hemo ou hemopneumotórax traumático deve utilizar-se um tubo largo (36 a 40 Fr), enquanto que para um pneumotórax espontâneo não complicado deve
usar-se um tubo de pequeno calibre (12 a 22 Fr).
. Há tubos de drenagem torácica com um guia de metal rígido, muito fáceis de usar se tivermos
presentes os cuidados a ter na sua colocação. Sobretudo não deve avançar-se o guia metálico após penetração na cavidade pleural, mas este deve apenas servir de suporte para fazer avançar o tubo de plástico. De outra forma há o risco de lacerar o parênquima pulmonar ou mesmo de deixar uma drenagem “intra-parenquimatosa”.

Sistema de drenagem
. Antes de colocar o dreno, devemos preparar o sistema de drenagem. Deve ser sempre um sistema fechado, os tubos devem ter calibre suficiente para drenar qualquer espécie de fluido e
devem adaptar perfeitamente para que não haja qualquer entrada de ar.
. O sistema mínimo de drenagem torácica inclui pelo menos um frasco com um nível de água
onde mergulha a extensão do dreno torácico e uma abertura para o exterior ou para um
sistema de aspiração contínua de baixa pressão.
. O sistema desejável de drenagem compõe-se de 3 frascos em sequência: o primeiro para drenar o conteúdo pleural, o segundo com um nível de água que previne o retorno de ar para a pleura durante a fase inspiratória de pressão negativa e o terceiro com um nível de água proporcional à pressão de aspiração que pretendemos. Há sistemas completos de 3 frascos comercializados numa única peça de plástico, muito seguros, cómodos e fáceis de transportar.

Técnica cirúrgica
. Sempre que possível deve fazer-se pré-medicação com um analgésico e um sedativo depois de explicar ao doente o procedimento a realizar.
- Local de inserção
1. Ar livre - o dreno é inserido no 4º ou 5º espaço intercostal, na linha axilar anterior. Esta incisão evita estruturas vitais e não implica a penetração dos músculos peitorais que pode ser dolorosa, difícil e inestética.
Fig.1 –Local de inserção de um dreno torácico para drenagem de ar ou líquido livres
2. Líquido livre – o dreno deve ser inserido na linha axilar anterior, abaixo do nível do líquido o que pode ser determinado pela clínica, RX tórax (Fig.1) ou, com mais precisão, por ecografia.
3. Ar ou líquido septados – o dreno tem de ser colocado no local da colecção pleural. Pode ter de ser num espaço intercostal posterior e pode necessitar do apoio de cirurgia.

- Posição do doente
Como os drenos intercostais são quase invariavelmente colocados na linha axilar anterior,
o doente deve estar posicionado em decúbito dorsal, com o hemitórax a drenar
ligeiramente elevado com uma almofada, e o membro superior flectido sob a cabeça e
preso para que mantenha sempre a mesma posição.

-Técnica
1. Desinfectar a pele com técnica cirúrgica e usar bata, touca, máscara e luvas esterilizadas.
2. Para confirmar o local adequado fazer sempre primeiro uma toracocentese no local de colocação do dreno.
3. Anestesiar a pele e tecido subcutâneo com Lidocaína a 1% ou 2%, num túnel ascendente que começa 1 ou 2 dedos abaixo do bordo superior do arco costal seleccionado.
4. Fazer uma incisão na pele e dissecar a gordura e tecido sub-cutâneo com tesoura de dissecção, no sentido ascendente. Deve fazer-se um túnel onde passe o indicador, injectando Lidocaína conforme necessário.
5. Quando se palpa o arco costal e a parede torácica através do túnel, deve injectar-se mais anestesia para infiltrar o músculo intercostal , o periósteo e finalmente a pleura, normalmente ao mesmo tempo que se aspira o conteúdo da cavidade pleural.
6. Com a tesoura de dissecção, abrir o músculo e a pleura de forma a poder introduzir o indicador para explorar a cavidade pleural, antes de introduzir o dreno (Fig.2).
7. Ter o cuidado de não ultrapassar o bordo superior do arco costal, para evitar o nervo e vasos intercostais que passam no bordo inferior do arco costal imediatamente superior.
8. Com o indicador, explorar a cavidade pleural à volta da incisão para excluir pulmão, diafragma ou aderências.
Fig. 2 Fig. 3
9. Medir e marcar o dreno torácico de forma a saber o comprimento preciso que deve ser introduzido: para drenar um peumotórax livre o dreno deve ser avançado em direcção ao vértice do pulmão, enquanto que para drenar líquido e tendo feito a inserção tão baixa quanto possível, deve orientar-se o dreno no sentido póstero-basal e introduzir na cavidade pleural apenas 2 ou 3cm de forma a favorecer a drenagem por gravidade.
10. Introduzir finalmente a extremidade do dreno, com o auxílio de uma pinça de Kelly, através
do túnel e até à marca feita previamente. Para avançar o dreno até ao vértice pulmonar, roda-se a pinça 180º após entrada na cavidade pleural (Fig.3). O dreno deve estar clampado na sua extremidade distal para evitar entrada de ar do exterior.
11. Fixar o dreno à pele com um ponto em “U” de forma a que, quando mais tarde se retire a drenagem, possa suturar-se a incisão no mesmo acto.
12. Conectar o sistema de drenagem previamente preparado e só depois disso desclampar o dreno.
13. Confirmar a saída de ar ou líquido, rítmica com a expiração do doente.
14. Confirmar com RX tórax um posicionamento adequado e uma drenagem eficaz com
reexpansão do pulmão.

Manutenção
. A drenagem torácica deve ligar-se a um sistema de aspiração de baixa pressão para evacuar eficazmente a cavidade pleural e promover a aderência de ambos os folhetos pleurais.
. A pressão utilizada é de cerca de 10 a 20 cm de água.
. Como com qualquer outro dreno ou procedimento invasivo, a drenagem só deve permanecer o tempo suficiente para drenar todo o ar ou líquido existente na cavidade pleural.
. Num pneumotórax mantem-se o dreno enquanto houver saída de ar e até controlo radiológico que confirme a reexpansão do pulmão. Se a tosse forçada não provoca qualquer saída de ar, pode manter-se aspiração durante mais 12 a 24 horas e retirar a drenagem.
. Num derrame pleural ou hemotórax, retira-se normalmente o dreno quando o volume drenado é inferior a 100 ml/24 horas.
. No caso de um empiema, deve obter-se completa resolução, radiológica e clínica, do processo infeccioso.
. Apesar de uma drenagem eficaz, o conteúdo da cavidade pleural pode organizar-se ou septar e justificar a realização de uma pleuroscopia, drenagem cirúrgica ou descorticação. A TAC torácica e a Ecografia são, nestes casos, de extrema utilidade para um diagnóstico correcto.

Bibliografia:
1. Thomas J. Iberti, MD, and Philip M. Stern, MD: Chest tube thoracostomy. In Procedures in the ICU - Critical Care
Clinics, 8(4):879, 1992
2. Pezzella TA, Marsicano TH: Chest tube insertion and care. In Rippe JM, Irwin RS, Alpert JS, et al (eds): Intensive
Care Medicine, ed.2. Boston, Little, Brown, 1991, p73
3. Swensen SJ, Peters SG, LeRoy AJ, et al: Radiology in the intensive care unit. Mayo Clin Proc 66(4):396, 1991
4. Light RW: Pleural diseases, ed.2. Philadelphia, Lea & Febiger, 1990
5. Miller KS, Sahn FA: Chest tubes: Indication, technique, management and complications. Chest 91:258, 1987
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TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM

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INTRODUÇÃO

Tomada de decisão, segundo Webster (1991), é “necessariamente escolher entre uma ou mais alternativas ou opções, com vistas a alcançar um resultado desejado”. É o processo que envolve decisões, escolhas tomadas com base em propósitos, sendo as ações orientadas para determinado objetivo e o alcance deste objetivo determina a eficiência do processo de tomada de decisão.
O processo de tomar decisões, como parte do trabalho dos administradores, foi destacado por diversos praticantes e estudiosos da administração, como Fayol e Mintzberg, ajuda a compreender o trabalho e a desenvolver as atividades de administrador.

Por causa dessa importância, o processo de tomar decisões firma-se como sendo uma disciplina com vida própria dentro do campo da administração. Assim sendo, diversas técnicas foram desenvolvidas, para tornar mais fácil e com mais qualidade a participação dos gerentes, como de outros profissionais dentro desse aspecto de trabalho. É crucial para as organizações, pois essa atividade acontece todo o tempo, em todos os níveis, e influencia diretamente a performance da organização. O Enfermeiro ao assumir um trabalho em instituições, se depara com situações diversas que lhe exigem conhecimentos, habilidades e atitudes coerentes, precisas e imparciais para uma tomada de decisões que venha ao encontro de seus valores pessoais e éticos e ao mesmo tempo que atenda aos objetivos e metas da organização.

A tomada de decisão deve ser coerente com uma filosofia de trabalho, de desenvolvimento de pessoal, do estilo de liderança adotado e de como o profissional se compromete com a profissão, com o seu grupo de trabalho e com a unidade. É um dos elementos de definição do perfil do Enfermeiro e complementa as atividades administrativas desempenhadas, como sendo a tarefa mais importante em todas fases do processo de trabalho, segundo Ciampone (1991) ,” a tomada de decisões é um dos fatos mais corriqueiros na atividades da enfermagem, por atuar como instrumento de apoio em todo o processo de trabalho.”


A Lei nº 7498, de 25 de junho de 1986, no Art. 11, inciso I, regulamenta o exercício profissional da Enfermagem no Brasil, especificando: “a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e da unidade de Enfermagem; b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de enfermagem.” O processo decisório permeia as funções do Enfermeiro, as atividades como o planejamento, a organização, a coordenação e a execução e avaliação dos serviços de enfermagem, sendo a tomada de decisão como uma das sua atividades mais essenciais e corriqueiras do processo de trabalho.
O Enfermeiro se depara com diversas situações que exigem conhecimentos, habilidades e atitudes coerentes e precisas para uma tomada de decisão, e ainda, que esteja em consonância com valores pessoais, éticos e institucionais.

OBJETIVO
Obter conhecimentos específicos sobre o tema proposto;
Aprimorar o reconhecimento da necessidade da atuação efetiva do Enfermeiro no exercício das funções administrativas;
Analisar as estruturas dos modelos de Processo de Tomada de Decisões no Gerenciamento em Enfermagem e de seu desenvolvimento.

MÉTODO
Foram consultados materiais bibliográficos como livros publicados entre o ano de 1991 a 2005, dissertações do ano de 2003 a 2006, leis do exercício profissional de enfermagem de 1986 e meios multimídias acessados no presente ano.

DESENVOLVIMENTO
PROCESSO DA TOMADA DE DECISÃO NA ENFERMAGEM
“Tomar decisões é um processo cognitivo complexo, frequentemente definido como a escolha de determinada linha de ação.” Em decorrência, “solucionar problemas é a parte da tomada de decisão. Por ser um processo sistemático que tem o foco na análise de uma situação difícil, solucionar problemas sempre inclui uma etapa da tomada de decisão.”(HUSTON; MARQUIS, 2005).
Portanto, a solução de problemas é parte da tomada de decisão, tenta identificar o problema, enquanto a tomada de decisão, quando relacionada a solução de problema, apenas age sobre a situação.
“Raciocinar criticamente, às vezes chamado pensamento reflexivo, está relacionado à avaliação , tendo um alcance mais amplo do que a tomada de decisão e a resolução de problemas.” (HUSTON; MARQUIS, 2005) .
Conforme Colucciello, 1997, “discernimento, intuição e disposição para agir são componentes do raciocínio crítico. Essas mesmas habilidades são necessárias, em certo grau, na tomada de decisões e na resolução de problemas.” Nota-se que o processo de tomada de decisão pode estar relacionado a solucionar um problema ou ao aproveitamento de uma oportunidade, e necessita de uma estruturação, baseada em análises críticas para a execução da decisão, e dependendo da complexidade, solucioná-los em ações rápidas e simples, ou permanentes e longas.
“A existência de alguns valores e conceitos influenciam na decisão. Aspectos como conhecimento científico, comunicação, experiências, rotinas e normas institucionais, ambiente, empatia, intuição determinam a ação do Enfermeiro e o seu posicionamento frente ao processo de tomada de decisão. Ao evidenciar estes aspectos, é fundamental a questão ética, pois orienta e conscientiza o profissional comprometendo-o para que seja tomada a conduta com honestidade e justiça nas ações cotidianas. Assim, todas as decisões e intervenções devem ser provindos de princípios éticos. Porém, a instituição de saúde representa um fator significativo, tomada de decisão de natureza ética não depende estritamente dos valores e crenças de indivíduos, mas, também, das organizações, que, através das suas culturas, constituem influência importante sobre o comportamento dos seus membros.” (KURCGANT, 2005)
Considerando os princípios éticos, há necessidade de refletir quanto à participação de outras pessoas durante as fases do processo de decisão. Nas decisões em grupo há perspectivas analíticas e intuitivas diversas, maiores visões de informações e dados resultando em uma decisão ética, justa, benéfica e mais adequada a todos os envolvidos, no entanto, a opção do processo de tomada de decisão em grupo ou individual está relacionada à necessidade da questão a ser resolvida.
MODELOS DE ETAPAS DO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Algumas etapas devem ser percorridas quando se tem uma decisão a ser tomada. Podem-se citar dois referenciais da Enfermagem: Ciampone (1991) e Marquis; Huston (1999), ambos direcionam o processo da tomada de decisão, apresentando propostas de modelos de etapas.

CIAMPONE (1991) MARQUIS; HUSTON (1999)
1ª Etapa Percepção do problema Identificação do problema
2ª Etapa Definição do problema Geração de alternativas
3ª Etapa Coleta de dados Escolha
4ª Etapa Análise de dados Implementação
5ª Etapa Redefinição do problema
6ª Etapa Procura de ações alternativas
7ª Etapa Escolha de decisão
8ª Etapa Implementação
9ª Etapa Avaliação

Ciampone (1991) define nove etapas:
Percepção do problema: o processo decisório parte da percepção de que algo está fora da normalidade, nem sempre o problema está bem delimitado, é útil descrever objetivamente a situação inicial, como e o momento em que ocorreu. É importante descrever por escrito.
Definição do problema: tentativa de definir o problema em questão. Por não ter informações suficientes, é conveniente que a delimitação do problema seja feita na situação descrita sem deduções ou interferências. É importante que haja distinção entre o que é causa e o que é sintoma.
Coleta de dados: todos os envolvidos na situação devem ser ouvidos. O objetivo é colher informações detalhadas e registrá-las. A informação é a base para a decisão quanto ao que deve ser feito. Considera-se pontos como: administração; regulamento do pessoal; condições de trabalho; equipamentos; itens relacionados com a função exercida.
Análise de dados: distinção das informações relevantes, possibilitando o estudo do problema a ser identificado, procura-se chegar às causas e aos fatores da situação-problema. O objetivo é visualizar o problema segundo diferentes dimensões.
Redefinição do problema: tentar definir novamente definir qual é o problema, ou quais são os problemas.
Procura de soluções alternativas: com bases nessas informações, deve-se contemplar quais seriam as várias propostas de soluções alternativas de que se dispõe e quais as possíveis conseqüências de cada uma delas.
Escolha de decisão: compreende uma série de outras decisões que visam programar e controlar a implementação. São:
o Decisão intermediária: de natureza puramente executiva.
o Decisão de apelação: pressionadas pelos subordinados, quando ocorrem com frequência, refletem inadequação da estrutura administrativa.
o Decisão criativa: rompem os padrões vigentes, como a proposta de mudança de uma determinada rotina, inovando a forma de realização de tarefas.


Implementação e Avaliação: fundamentais para a execução da solução concretamente, é o momento de escolha em si, correspondem a uma série de decisões seqüenciais que visam à implementação da alternativa escolhida e posterior avaliação desta, na prática.
Marquis e Huston (1999) definem quatro etapas:
Identificação do problema: busca pela informações apropriadas e verídicas sobre a situação em questão. Os dados devem ser reunidos atentamente.
Geração de alternativas: a criação e elaboração de alternativas com argumentações críticas, as quais precisam ser fundamentadas para serem melhores analisadas e com cautela., Quanto mais alternativas geradas, maior possibilidade de decisão adequada. Conforme o número de pessoas que trabalham com o problema, maior será a quantidade de alternativas viabilizadas.
Escolha e Implementação: a escolha da solução, e na, a etapa de implementação da escolha, é preciso ação e coragem de enfrentar as conseqüências das escolhas. As decisões são passíveis de revisão, se mostrarem inadequadas, mesmo tendo consequências de longo prazo e efeitos de grandes proporções.
O modelo de Ciampone (1991) apresenta uma descrição mais detalhada, enquanto o modelo de Marquis; Huston (1999) mais suscinta, porém, ambos são consideradas importantes. A estrutura do processo de tomada de decisão por meio de um modelo de etapas auxilia a situação a ser resolvida, evidenciando a melhor solução, ajudando a estruturar e analisar o processo a ser percorrido, possibilitando chegar a melhor alternativa e incentivando ações.
Há diversos modelos de tomada de decisão e de análise de problemas. Cabe ao Enfermeiro escolher o modelo que conhece e que seja apropriado ao problema a ser resolvido. “O uso consistente de modelos ou processos irá aumentar a probabilidade de ocorrência de análise crítica. O cultivo de método científico, a qualidade de resolução do problema administrativo/de liderança e a tomada de decisão apresentarão significativa melhora.” (HUSTON; MARQUIS, 2005). “O conhecimento do processo decisório pelo enfermeiro pode ajudá-lo a adquirir maiores habilidades e atitudes mais seguras na tomadas de decisão.”(KURCGANT, 1991).
PERFIL DO ENFERMEIRO NA TOMADA DE DECISÃO
É necessário que o Enfermeiro tenha domínio do processo de trabalho e seja capaz de estabelecer relações significativas na instituição, e que contribua para uma tomada de decisão mais acertada e, consequentemente, para melhor resultado do trabalho. Para isso, faz-se necessário desenvolver habilidades gerenciais e capacidade de utilizar instrumentos; e a informação e o conhecimento são as bases para a tomada de decisão.
O profissional deve estar em constante desenvolvimento para acompanhar as inovações tecnológicas, com potencial para a resolução de problemas, capacidade de negociação, decisões criativas e inovadoras. Assim, é imprescindível que o Enfermeiro seja capaz de minimizar as dificuldades a que estão expostos e aprendam a lidar com a nova situação, podendo desempenhar, satisfatoriamente, seu papel no processo de tomada de decisão e garantir a qualidade da assistência em todos os níveis de atenção à saúde, planejando, organizando, gerenciando e avaliando o processo de trabalho em enfermagem - saúde, em parceira com outros profissionais.
Além de possuir competência técnica, é necessário o desenvolvimento de compromisso com o processo de gestão, que exige qualidades como a criatividade, a inovação, a intuição, a emoção, a capacidade de se relacionar e, principalmente, a capacidade de manter-se atualizado, incluindo a importância da postura ética que é essencial na posição do enfermeiro em suas funções administrativas, principalmente no processo de tomada de decisão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considera-se que o Enfermeiro deve estar em constante busca de competências para o desempenho de seu papel de administrador. O conhecimento científico, a preocupação com o desenvolvimento profissional contínuo, a visão global, o pensamento crítico faz com que o Enfermeiro esteja melhor preparado para exercer o processo de tomada de decisão.
Tomar decisão é fundamental no gerenciamento e faz parte da rotina diária, e o uso de modelos de etapas de tomada de decisão auxilia a entender e analisar uma situação, o processo de encontrar a melhor alternativa, e consequentemente, resultados e avaliação satisfatórias, levando a decisões acertadas.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRASCO. Disponível em: http://www.abrasco.org.br/cienciaesaudecoletiva/artigos- acessado em 07/09/2007.
BRASIL. Lei do Exercício Profissional da Enfermagem. Lei nº 7.498 de 25 de junho de 1986. Brasília (DF): 1986.
CIAMPONE, M. H. T.; KURCGANT, P. O Ensino de Administração em Enfermagem no Brasil: o processo de construção de competências gerenciais. Brasília (DF). Revista Brasileira de Enfermagem, 2004.
FORUM DE ENFERMAGEM. Disponível em http://www.forumenfermagem.org/art- acessado em 07/09/2007
GEOCITES. Disponível em:http://br.geocities.com/enfermagemweb/tomadadedecisao.htm- acessado em 07/09/2007.
KURGCANT, P. Administração em Enfermagem. - São Paulo: EPU, 1991.
KURGCANT, P. Gerenciamento em Enfermagem. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
LOURENÇO, M.R.. Desenvolvimento da competência em liderança na efetividade de saúde dirigido por enfermeiros. Teses: USP.
MARQUIS, B.L.; HUSTON, C.J. Administração e Liderança em Enfermagem. Teoria e Prática. 4ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2005.
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TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM

Publicada por oncare On 12:48 0 comentários















INTRODUÇÃO

Tomada de decisão, segundo Webster (1991), é “necessariamente escolher entre uma ou mais alternativas ou opções, com vistas a alcançar um resultado desejado”. É o processo que envolve decisões, escolhas tomadas com base em propósitos, sendo as ações orientadas para determinado objetivo e o alcance deste objetivo determina a eficiência do processo de tomada de decisão.
O processo de tomar decisões, como parte do trabalho dos administradores, foi destacado por diversos praticantes e estudiosos da administração, como Fayol e Mintzberg, ajuda a compreender o trabalho e a desenvolver as atividades de administrador.

Por causa dessa importância, o processo de tomar decisões firma-se como sendo uma disciplina com vida própria dentro do campo da administração. Assim sendo, diversas técnicas foram desenvolvidas, para tornar mais fácil e com mais qualidade a participação dos gerentes, como de outros profissionais dentro desse aspecto de trabalho. É crucial para as organizações, pois essa atividade acontece todo o tempo, em todos os níveis, e influencia diretamente a performance da organização. O Enfermeiro ao assumir um trabalho em instituições, se depara com situações diversas que lhe exigem conhecimentos, habilidades e atitudes coerentes, precisas e imparciais para uma tomada de decisões que venha ao encontro de seus valores pessoais e éticos e ao mesmo tempo que atenda aos objetivos e metas da organização.

A tomada de decisão deve ser coerente com uma filosofia de trabalho, de desenvolvimento de pessoal, do estilo de liderança adotado e de como o profissional se compromete com a profissão, com o seu grupo de trabalho e com a unidade. É um dos elementos de definição do perfil do Enfermeiro e complementa as atividades administrativas desempenhadas, como sendo a tarefa mais importante em todas fases do processo de trabalho, segundo Ciampone (1991) ,” a tomada de decisões é um dos fatos mais corriqueiros na atividades da enfermagem, por atuar como instrumento de apoio em todo o processo de trabalho.”


A Lei nº 7498, de 25 de junho de 1986, no Art. 11, inciso I, regulamenta o exercício profissional da Enfermagem no Brasil, especificando: “a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e da unidade de Enfermagem; b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de enfermagem.” O processo decisório permeia as funções do Enfermeiro, as atividades como o planejamento, a organização, a coordenação e a execução e avaliação dos serviços de enfermagem, sendo a tomada de decisão como uma das sua atividades mais essenciais e corriqueiras do processo de trabalho.
O Enfermeiro se depara com diversas situações que exigem conhecimentos, habilidades e atitudes coerentes e precisas para uma tomada de decisão, e ainda, que esteja em consonância com valores pessoais, éticos e institucionais.

OBJETIVO
Obter conhecimentos específicos sobre o tema proposto;
Aprimorar o reconhecimento da necessidade da atuação efetiva do Enfermeiro no exercício das funções administrativas;
Analisar as estruturas dos modelos de Processo de Tomada de Decisões no Gerenciamento em Enfermagem e de seu desenvolvimento.

MÉTODO
Foram consultados materiais bibliográficos como livros publicados entre o ano de 1991 a 2005, dissertações do ano de 2003 a 2006, leis do exercício profissional de enfermagem de 1986 e meios multimídias acessados no presente ano.

DESENVOLVIMENTO
PROCESSO DA TOMADA DE DECISÃO NA ENFERMAGEM
“Tomar decisões é um processo cognitivo complexo, frequentemente definido como a escolha de determinada linha de ação.” Em decorrência, “solucionar problemas é a parte da tomada de decisão. Por ser um processo sistemático que tem o foco na análise de uma situação difícil, solucionar problemas sempre inclui uma etapa da tomada de decisão.”(HUSTON; MARQUIS, 2005).
Portanto, a solução de problemas é parte da tomada de decisão, tenta identificar o problema, enquanto a tomada de decisão, quando relacionada a solução de problema, apenas age sobre a situação.
“Raciocinar criticamente, às vezes chamado pensamento reflexivo, está relacionado à avaliação , tendo um alcance mais amplo do que a tomada de decisão e a resolução de problemas.” (HUSTON; MARQUIS, 2005) .
Conforme Colucciello, 1997, “discernimento, intuição e disposição para agir são componentes do raciocínio crítico. Essas mesmas habilidades são necessárias, em certo grau, na tomada de decisões e na resolução de problemas.” Nota-se que o processo de tomada de decisão pode estar relacionado a solucionar um problema ou ao aproveitamento de uma oportunidade, e necessita de uma estruturação, baseada em análises críticas para a execução da decisão, e dependendo da complexidade, solucioná-los em ações rápidas e simples, ou permanentes e longas.
“A existência de alguns valores e conceitos influenciam na decisão. Aspectos como conhecimento científico, comunicação, experiências, rotinas e normas institucionais, ambiente, empatia, intuição determinam a ação do Enfermeiro e o seu posicionamento frente ao processo de tomada de decisão. Ao evidenciar estes aspectos, é fundamental a questão ética, pois orienta e conscientiza o profissional comprometendo-o para que seja tomada a conduta com honestidade e justiça nas ações cotidianas. Assim, todas as decisões e intervenções devem ser provindos de princípios éticos. Porém, a instituição de saúde representa um fator significativo, tomada de decisão de natureza ética não depende estritamente dos valores e crenças de indivíduos, mas, também, das organizações, que, através das suas culturas, constituem influência importante sobre o comportamento dos seus membros.” (KURCGANT, 2005)
Considerando os princípios éticos, há necessidade de refletir quanto à participação de outras pessoas durante as fases do processo de decisão. Nas decisões em grupo há perspectivas analíticas e intuitivas diversas, maiores visões de informações e dados resultando em uma decisão ética, justa, benéfica e mais adequada a todos os envolvidos, no entanto, a opção do processo de tomada de decisão em grupo ou individual está relacionada à necessidade da questão a ser resolvida.
MODELOS DE ETAPAS DO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO EM ENFERMAGEM
Algumas etapas devem ser percorridas quando se tem uma decisão a ser tomada. Podem-se citar dois referenciais da Enfermagem: Ciampone (1991) e Marquis; Huston (1999), ambos direcionam o processo da tomada de decisão, apresentando propostas de modelos de etapas.

CIAMPONE (1991) MARQUIS; HUSTON (1999)
1ª Etapa Percepção do problema Identificação do problema
2ª Etapa Definição do problema Geração de alternativas
3ª Etapa Coleta de dados Escolha
4ª Etapa Análise de dados Implementação
5ª Etapa Redefinição do problema
6ª Etapa Procura de ações alternativas
7ª Etapa Escolha de decisão
8ª Etapa Implementação
9ª Etapa Avaliação

Ciampone (1991) define nove etapas:
Percepção do problema: o processo decisório parte da percepção de que algo está fora da normalidade, nem sempre o problema está bem delimitado, é útil descrever objetivamente a situação inicial, como e o momento em que ocorreu. É importante descrever por escrito.
Definição do problema: tentativa de definir o problema em questão. Por não ter informações suficientes, é conveniente que a delimitação do problema seja feita na situação descrita sem deduções ou interferências. É importante que haja distinção entre o que é causa e o que é sintoma.
Coleta de dados: todos os envolvidos na situação devem ser ouvidos. O objetivo é colher informações detalhadas e registrá-las. A informação é a base para a decisão quanto ao que deve ser feito. Considera-se pontos como: administração; regulamento do pessoal; condições de trabalho; equipamentos; itens relacionados com a função exercida.
Análise de dados: distinção das informações relevantes, possibilitando o estudo do problema a ser identificado, procura-se chegar às causas e aos fatores da situação-problema. O objetivo é visualizar o problema segundo diferentes dimensões.
Redefinição do problema: tentar definir novamente definir qual é o problema, ou quais são os problemas.
Procura de soluções alternativas: com bases nessas informações, deve-se contemplar quais seriam as várias propostas de soluções alternativas de que se dispõe e quais as possíveis conseqüências de cada uma delas.
Escolha de decisão: compreende uma série de outras decisões que visam programar e controlar a implementação. São:
o Decisão intermediária: de natureza puramente executiva.
o Decisão de apelação: pressionadas pelos subordinados, quando ocorrem com frequência, refletem inadequação da estrutura administrativa.
o Decisão criativa: rompem os padrões vigentes, como a proposta de mudança de uma determinada rotina, inovando a forma de realização de tarefas.


Implementação e Avaliação: fundamentais para a execução da solução concretamente, é o momento de escolha em si, correspondem a uma série de decisões seqüenciais que visam à implementação da alternativa escolhida e posterior avaliação desta, na prática.
Marquis e Huston (1999) definem quatro etapas:
Identificação do problema: busca pela informações apropriadas e verídicas sobre a situação em questão. Os dados devem ser reunidos atentamente.
Geração de alternativas: a criação e elaboração de alternativas com argumentações críticas, as quais precisam ser fundamentadas para serem melhores analisadas e com cautela., Quanto mais alternativas geradas, maior possibilidade de decisão adequada. Conforme o número de pessoas que trabalham com o problema, maior será a quantidade de alternativas viabilizadas.
Escolha e Implementação: a escolha da solução, e na, a etapa de implementação da escolha, é preciso ação e coragem de enfrentar as conseqüências das escolhas. As decisões são passíveis de revisão, se mostrarem inadequadas, mesmo tendo consequências de longo prazo e efeitos de grandes proporções.
O modelo de Ciampone (1991) apresenta uma descrição mais detalhada, enquanto o modelo de Marquis; Huston (1999) mais suscinta, porém, ambos são consideradas importantes. A estrutura do processo de tomada de decisão por meio de um modelo de etapas auxilia a situação a ser resolvida, evidenciando a melhor solução, ajudando a estruturar e analisar o processo a ser percorrido, possibilitando chegar a melhor alternativa e incentivando ações.
Há diversos modelos de tomada de decisão e de análise de problemas. Cabe ao Enfermeiro escolher o modelo que conhece e que seja apropriado ao problema a ser resolvido. “O uso consistente de modelos ou processos irá aumentar a probabilidade de ocorrência de análise crítica. O cultivo de método científico, a qualidade de resolução do problema administrativo/de liderança e a tomada de decisão apresentarão significativa melhora.” (HUSTON; MARQUIS, 2005). “O conhecimento do processo decisório pelo enfermeiro pode ajudá-lo a adquirir maiores habilidades e atitudes mais seguras na tomadas de decisão.”(KURCGANT, 1991).
PERFIL DO ENFERMEIRO NA TOMADA DE DECISÃO
É necessário que o Enfermeiro tenha domínio do processo de trabalho e seja capaz de estabelecer relações significativas na instituição, e que contribua para uma tomada de decisão mais acertada e, consequentemente, para melhor resultado do trabalho. Para isso, faz-se necessário desenvolver habilidades gerenciais e capacidade de utilizar instrumentos; e a informação e o conhecimento são as bases para a tomada de decisão.
O profissional deve estar em constante desenvolvimento para acompanhar as inovações tecnológicas, com potencial para a resolução de problemas, capacidade de negociação, decisões criativas e inovadoras. Assim, é imprescindível que o Enfermeiro seja capaz de minimizar as dificuldades a que estão expostos e aprendam a lidar com a nova situação, podendo desempenhar, satisfatoriamente, seu papel no processo de tomada de decisão e garantir a qualidade da assistência em todos os níveis de atenção à saúde, planejando, organizando, gerenciando e avaliando o processo de trabalho em enfermagem - saúde, em parceira com outros profissionais.
Além de possuir competência técnica, é necessário o desenvolvimento de compromisso com o processo de gestão, que exige qualidades como a criatividade, a inovação, a intuição, a emoção, a capacidade de se relacionar e, principalmente, a capacidade de manter-se atualizado, incluindo a importância da postura ética que é essencial na posição do enfermeiro em suas funções administrativas, principalmente no processo de tomada de decisão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considera-se que o Enfermeiro deve estar em constante busca de competências para o desempenho de seu papel de administrador. O conhecimento científico, a preocupação com o desenvolvimento profissional contínuo, a visão global, o pensamento crítico faz com que o Enfermeiro esteja melhor preparado para exercer o processo de tomada de decisão.
Tomar decisão é fundamental no gerenciamento e faz parte da rotina diária, e o uso de modelos de etapas de tomada de decisão auxilia a entender e analisar uma situação, o processo de encontrar a melhor alternativa, e consequentemente, resultados e avaliação satisfatórias, levando a decisões acertadas.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRASCO. Disponível em: http://www.abrasco.org.br/cienciaesaudecoletiva/artigos- acessado em 07/09/2007.
BRASIL. Lei do Exercício Profissional da Enfermagem. Lei nº 7.498 de 25 de junho de 1986. Brasília (DF): 1986.
CIAMPONE, M. H. T.; KURCGANT, P. O Ensino de Administração em Enfermagem no Brasil: o processo de construção de competências gerenciais. Brasília (DF). Revista Brasileira de Enfermagem, 2004.
FORUM DE ENFERMAGEM. Disponível em http://www.forumenfermagem.org/art- acessado em 07/09/2007
GEOCITES. Disponível em:http://br.geocities.com/enfermagemweb/tomadadedecisao.htm- acessado em 07/09/2007.
KURGCANT, P. Administração em Enfermagem. - São Paulo: EPU, 1991.
KURGCANT, P. Gerenciamento em Enfermagem. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
LOURENÇO, M.R.. Desenvolvimento da competência em liderança na efetividade de saúde dirigido por enfermeiros. Teses: USP.
MARQUIS, B.L.; HUSTON, C.J. Administração e Liderança em Enfermagem. Teoria e Prática. 4ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2005.
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